O Residencial Club Leger, em São Paulo, vem apostando na pet terapia. A casa de repouso incentiva os idosos a levar seus pets para acompanhá-los durante o período de hospedagem. A medida tem como objetivo estimular a afetividade e a sensação de aconchego que cães e gatos proporcionam. Além disso, pode ajudar no vínculo de amizade entre os residentes, que passam a adotar o novo amigo no espaço.
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É o caso da carioca Frances Cahn, que deixou o bairro de Copacabana, no Rio, para viver em um local mais protegido por causa da pandemia do novo coronavírus. “No começo, confesso que fiquei um pouco assustada. Sair de Copacabana para um lugar assim causa sempre um impacto. Mas minha adaptação foi rápida. A atenção que recebemos aqui é primorosa e poder trazer o meu gato foi algo que ajudou muito. Hoje ele é uma mascote aqui do Residencial”, diz.
Gatoncio, o gato de Frances, nasceu na Inglaterra e acabou sendo levado para Los Angeles (EUA), onde foi abandonado. Depois de passar um período em um abrigo para animais sem dono, acabou entrando na fila de eutanásia. Até que o filho de Frances, que mora nos Estados Unidos, adotou o gato e o trouxe ao Brasil durante as férias.
“Ele ficou comigo de vez. É uma companhia maravilhosa, muito carinhoso e amigo. Tanto é que virou uma atração aqui no Residencial. Ele virou o dono do lugar. Todo mundo quer fazer carinho nele”, conta Frances.
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De acordo com a psicóloga do Residencial Club Leger, Daniela Bernardes, a pet terapia permite exercitar aspectos como habilidades sociais, humor e cognição e traz qualidade de vida para os idosos. “Muito se fala sobre os benefícios que os animais representam na vida de cada um dos que se dispõem a ter um animal de estimação para partilhar bons momentos. Sabemos também que a disponibilidade de tempo, dedicação, cuidados e carinho são essenciais para que os animais escolhidos por nós possam desfrutar de uma boa vida conosco.”
Consciente dos benefícios dos pets na vida dos residentes, a casa de repouso integrou um cachorro da raça golden retriever em sua equipe como forma de permitir que dar aos idosos alguns instantes de afeto físico, próximo e aconchegante. O Lord passou a ter uma importância essencial, principalmente durante o período de isolamento social por causa da Covid-19.